1 INTRODUÇÃO
Em 1995, os suíços Jacques Herzog e Pierre De Meuron foram os ganhadores de um concurso internacional para a reforma do museu nacional de arte moderna do Reino Unido (o TATE Modern). Eles conseguiram levar à competição um projeto que mantinha praticamente intacta a arquitetura original do edifício que abrigaria o empreendimento, referenciando a história industrial da localidade, com alterações pequenas, porém impactantes da identidade visual que o local já carregava.
O Tate é um conjunto de Museus e Galerias de Arte Moderna do Reino Unido e hoje, o Tate Modern é o maior deles.
A arquitetura geralmente projetada por esses arquitetos arquitetos é caracterizada pelo uso de soluções imaginativas para os problemas de cunho arquitetônico e espacial. Destaca-se também em seu trabalho, o grande aproveitamento da luz natural.
Um exemplo de acréscimo realizado na estrutura original se dá pela caixa iluminada de vidro translúcido inserida na cobertura do edifício, balanceando toda a informação vertical da antiga chaminé, que foi mantida. Uma permeabilidade que possibilitasse o acesso dos pedestres foi priorizada através de jardins entre o edifício e a malha urbana.
2 O PROJETO
Após o grande sucesso do Tate Modern é fornecida uma expansão de instalações, também projetada por Herzog & de Meuron e isso foi feito nos antigos depósitos de petróleo que ficavam no subsolo. O primeiro projeto envolveu um forte contraste com o edifício existente: os arquitetos propuseram uma pirâmide de vidro em forma de “zigurate” (imagem abaixo), com elementos em forma de caixas de vidro que ficam em várias direções. O projeto foi para a comunidade e não foi bem aceito.
Dada a crítica da população ao projeto, os arquitetos transformam a forma em um bloco piramidal, cuja fachada de tijolos mantém um diálogo com a estação de Bankside, entendendo que, mesmo que a proposta fosse arrojada, as pessoas da região não se reconheciam naquelas formas futuristas e por essa razão o projeto precisou ser ajustado. Esse design com slots horizontais finos usa vários recursos para se tornar eficiente no meio ambiente, com economia de energia de até 40%.
Localizado no centro de Londres, ao lado do Rio Tâmisa, é o antigo edifício em que ficava a usina de energia elétrica de Bankside (que é um dos distritos de Londres). Em frente à Catedral de St. Paul e ao lado do Shakespeare Globe Theatre. A construção da Ponte do Milênio, projetada pelo arquiteto Norman Foster, conecta a nova galeria com o centro da cidade e, particularmente, com a catedral.
O ponto de vista que Herzog e De Meuron defendem nesse projeto é de que a expressão arquitetônica pré-existente pode sustentar a ideia do novo projeto, eles afirmam que todo projeto pode ser um experimento e por isso eles conseguem manter ideias ambiciosas em suas construções.
Neste projeto temos o exemplo do uso dos materiais pré-existentes (antigos) e de novos materiais (modernos) para a execução do projeto. Os arquitetos possuem um gosto específico por materiais incomuns, em partes por conta da influência das artes plásticas no processo de projeto deles.
Herzog e De Meuron afirmam que o ponto de partida do seu projeto é um conceito, ou uma intensão clara que pode transformar-se no meio do processo.
Eles usam, de alguma maneira, um método semelhante ao de artistas plásticos: observam a tela, escolhem os materiais e as técnicas. Muito dessa inspiração é por conta da influência do artista Alemão Josef Beuys, que foi um artista de arte performática, artes plásticas e escultor muito influente no século XX, e boa parte das ideias minimalistas e interpretativas que Herzog e De Meuron usam hoje é parte do que Beuys acreditava ser arte.
3 CONCLUSÃO
Herzog e De Meuron buscam aproximar-se de uma experiência estética mais profunda, para atingir um público maior, sem complicações teóricas ou intermediários, como os modernos anteriores a eles. Isso tudo por uma vontade de que todos consigam compreender a obra, usando elementos cotidianos e convencionais, às vezes até banais, mas que consigam atingir o conceito proposto no início dos projetos.
REFERÊNCIAS
GHISLENI, C. S. “The Switch House" Ampliação do Tate Modern / Herzog & de Meuron. ArchDaily Brasil, 07 Out 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/880577/the-switch-house-ampliacao-do-tate-modern-herzog-and-de-meuron >. Acesso em: 09 set. 2018.
HERZOG, J.; DE MEURON, P. Eleven stations at Tate Modern. 1998/2000. Disponível em: <https://www.herzogdemeuron.com/index/projects/complete-works/126-150/126-tate-modern.html>. Acesso em: 09 set. 2018.
JONES, R. Clássicos da Arquitetura: Museu Tate Modern / Herzog & de Meuron. ArchDaily Brasil. (Trad. SOUZA, E.), 12 Set 2016. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/795096/classicos-da-arquitetura-museu-tate-modern-herzog-and-de-meuron>. Acesso em: 09 set. 2018.
KING, A. Tate Modern: Herzog & De Meuron. Architect Magazine, jun. 2016. Disponível em: <https://www.architectmagazine.com/project-gallery/tate-modern_o>. Acesso em: 10 set. 2018.
MIGUEL, C. Entrevista: Herzog & De Meuron. AU PINI, mai. 2014. Disponível em: <http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/242/artigo311265-2.aspx>. Acesso em: 08 set. 2018.
REIS, R. Natural History de Herzog & De Meuron: Resenha. Estudo Prévio. 2002/2005. Disponível em: <http://www.estudoprevio.net/livros/13/rodolfo-reis-.-natural-history-de-herzog-de-Meuron>. Acesso em: 08 set. 2018.
WANG, W. Herzog & De Meuron. 3. ed. Gustavo Gili: Barcelona, 2000.
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SE FOR CITAR, USE:
(ABNT)
MONTEIRO, Isabele Baptista; et al. Herzog & De Meuron - Análise do Tate Modern. 2018. 15 f. Trabalho Acadêmico (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Paulista, São José do Rio Preto - SP, 2018. Disponível em: <...>. Acesso em: xxxxx.
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MONTEIRO, Isabele Baptista; et al. Herzog & De Meuron - Análise do Tate Modern. 2018. 15 f. Trabalho Acadêmico (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Paulista, São José do Rio Preto - SP, 2018. Disponível em: <...>. Acesso em: xxxxx.
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